domingo, 4 de novembro de 2018

Decida-se pela vida, Doe órgãos!




Entenda todas as etapas do processo de doação de órgãos:

Diagnóstico de morte encefálica
À princípio, qualquer pessoa que tenha tido a morte encefálica confirmada pode se tornar doadora. Esse é um quadro irreversível em que é diagnosticada a parada total das funções cerebrais. São realizados testes como o eletroencefalograma e a angiografia cerebral para certificar os médicos e a família da parada do órgão.
Em geral, isso ocorre após traumatismos cranianos ou acidentes vasculares. Contudo, apesar da falência do cérebro, o coração continua batendo e é a irrigação sanguínea que mantém os órgãos viáveis para doação. A circulação é mantida artificialmente, por meio de aparelhos e medicamentos, enquanto a Central de Transplantes é avisada e a família é notificada da situação. 
Autorização da família
Após o diagnóstico de morte encefálica, a família deve ser consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos. Depois de seis horas de atestada a falência cerebral, o potencial doador passa por um novo teste clínico para confirmar o diagnóstico. Em seguida, a família é questionada sobre o desejo de doar os órgãos. 
Mensagens por escrito deixadas pelo doador não são válidas para autorizar a doação. Por isso, apenas os familiares podem dar o aval da cirurgia, após a assinatura de um termo. De acordo com o Ministério da Saúde, metade das famílias entrevistadas não permite a retirada dos órgãos para doação.
Por isso, é importante conversar com a família ainda em vida para deixar claro esse desejo. 
Entrevista familiar
Depois da confirmação da morte encefálica e de manifestado o desejo pela família de doar os órgãos do parente, a equipe médica realiza um questionário com os familiares para detalhar o histórico clínico do paciente. A ideia é investigar se os hábitos do doador teriam levado ao desenvolvimento de possíveis doenças ou infecções que possam ser transmitidas ao receptor.
Doenças crônicas como diabetes, infecções ou mesmo uso de drogas injetáveis podem acabar comprometendo o órgão que seria doado, inviabilizando o transplante. Por isso, a equipe médica verifica o passado clínico do doador. A entrevista é um guia para os médicos, que ainda realizam testes biológicos e físicos que indicam também a possível compatibilidade com os receptores na fila do transplante. 
Retirada de órgãos
De um mesmo doador, é possível retirar vários órgãos para o transplante. Em geral, as cirurgias mais recorrentes são as de coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões. Com isso, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos de um mesmo doador. Os órgãos que duram menos tempo uma vez fora do corpo são retirados antes. 
Nos 27 centros de notificação integrados, os dados informatizados do doador são cruzados com os das pessoas que aguardam na fila pelo órgão para que o candidato ideal, conforme urgência e tempo de espera, seja encontrado em qualquer parte do País.
Os profissionais envolvidos no processo trabalham em contagem regressiva para não ultrapassar o tempo limite para a retirada dos órgãos e também para a preservação dos mesmos durante o transporte.
Transporte
Quando a doação é entre pessoas de Estados diferentes, o Ministério da Saúde viabiliza o transporte aéreo dos tecidos e órgãos. A pasta tem um acordo voluntário de cooperação com companhias aéreas para assegurar o translado. As empresas transportam os órgãos gratuitamente em voos comerciais.
Em 2015, o Ministério da Saúde viabilizou o transporte

de 1.164 órgãos e 2.409 tecidos para transplantes por meio do termo de cooperação e ainda 110 órgãos e 219 tecidos por meio de voos fretados e transportes terrestres em parceria com as Centrais Estaduais de Transplantes.

Para reforçar o processo de transporte, o presidente em exercício, Michel Temer, por meio de decreto, determinou que a Força Aérea Brasileira (FAB) também forneça apoio ao Ministério da Saúde, especialmente em missões solicitadas pela Central Nacional de Transplantes.
Recuperação
Depois de transplantado, o paciente tem um pós-operatório semelhante ao de outras cirurgias. Mas o sucesso da operação depende de vários fatores, como as condições do órgão e o estado de saúde do paciente. No entanto, ele terá de tomar remédios imunossupressores durante toda a vida para evitar uma possível rejeição do corpo ao novo órgão.

A estimativa do Ministério da Saúde é de que a sobrevida dos pacientes depois de cinco anos da cirurgia é de 60% nos casos de transplante de fígado e pulmão; 70% para cirurgias de substituição do coração; e 80% para os transplantes de rim.

#Miihh


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